sexta-feira, 17 de setembro de 2010

algo sobre Política

 
Charge Angeli

Sempre que paro pra pensar em política e só me vem asco a mente.

Em parte a culpa é minha, e de toda uma geração. A minha em especial, tem a péssima cultura de desacreditar todos os políticos e achar que o bom político é o que rouba menos. Incluo-me nesse rol, por há tempos ter perdido a fé no sistema político nacional. Acredito ser necessária uma reformulação não de partidos, que se anuncião como alternativa (que papo furado), mas uma reformulação no sistema político nacional como um todo. Esta errado e todos vemos isso...
Cresci vendo políticos com tendências populistas que aparecem aos montes em épocas propicias, de fato um fenômeno sazonal. A pergunta é: Se você, um popular como eu, vê seus Políticos Favoritos nas outras épocas do ano, efetivamente trabalhando?? (Não vale: Familiares, Militantes, Namorados(as), afins) Só vejo viagem, reunião, mas sai o que disso tudo??

Mostra disso é notar que é dado o valor de LEI para coisas “Puff...”, “crek...”, sei lá... inúteis. Ou seja, pagamos um dos maiores impostos do Mundo pra um punhado de gente ficar fazendo Lei, ficar se preocupando com:
Lei nº 12.328, de 15.9.2010 - Institui o Dia Nacional do Evangélico a ser comemorado no dia 30 de novembro de cada ano.
Lei nº 12.326, de 15.9.2010 - Inscreve o nome de Getúlio Dornelles Vargas no Livro dos Heróis da Pátria.
Enfim...

Impressionante notar que AGORA foi instituído o Programa Ficha Limpa, “Poha” (com a licença da palavra) é necessário uma LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2010 para tornar real algo que deveria ser, antes de tudo, um princípio ÉTICO-MORAL.

Igualmente importante saber que o “projeto” Ficha Limpa corre sério risco. Candidatos corruptos, barrados das eleições de outubro, estão apelando para o Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a “constitucionalidade” da lei. A Ficha Limpa se tornou um símbolo de esperança por um governo livre da corrupção. Para sempre? Será?
Para descontrair Ela, MAFALDA! (recomendo)

Deixo meu abraço a todos.
Att,
Marco Machado

Um pouco de música com Transatlantic!!


Ultimamente estou escutando muito a banda Transatlantic !


Segue uma pequena nota de quem são os caras e a discografia da Banda.

O Transatlantic é uma banda norte-americana de rock progressivo formada em 1999 pelo vocalista e tecladista Neal Morse do Spock's Beard e o baterista Mike Portnoy.

Discografia:
SMPT:e (2000)
Live in America (2001)
Bridge Across Forever Limited Edition (2001)
Bridge Across Forever (2001)
Neal Morse - The Transatlantic Demos (2003)
SMPTe - The Roine Stolt Mixes (2003)
Live in Europe (2003)
The Whirlwind (2009)

Integrantes:
Neal Morse - vocal, teclado e guitarra
Mike Portnoy - bateria e vocal de apoio
Roine Stolt - guitarra e vocal de apoio
Pete Trewavas - baixo e vocal de apoio

Convidados:
Daniel Gildenlöw - guitarra, vocal de apoio e teclado

Quem não conhece o Daniel Gildenlöw o cara é simplesmente o cara da banda Pain of Salvation, participa do DVD como quinto membro da banda, tocando teclado, guitarra, percussão e vocal.

Resolvi postar aqui o link do CD de 2009 para deleite da galera!!

Abraço a todos.


http://www.4shared.com/file/3XWqXdc4/TRANSATLANTIC_-_The_Whirlwind_.html

sábado, 11 de setembro de 2010

Amor a moda machista



Se me amas, ama baixinho, sem gritaria
Ama-me no me ouvido e de mansinho;
Se me amas, reveste-se linda todos os dias,
No olhar:
Olha-me sem olhar,
Deseja-me sem precisar desejar;
Se me amas, sorri.
Simplesmente sorri
assim que me avistar.

Se és verdadeira no amor, terá paciência;
Paciência é primordial no amor...
Todo grande bom amor tem que ter algo de paciência e temperança,
Para não cansar o amor.

O por-do-sol é essencial para se ter um bom Amor.
Igualmente um petisco gostoso no fim da tarde,
Faz bem ao amor.

E se me amas em verdade,
Saberá que o amor sempre tem que ser complicado.
E, principalmente, os amantes tem que ter qualquer complicação.
Sem complicação qualquer amor não é Amor.

Se me amas, só peço que ame.
Se me amas, saberá que sei desse amor,
Se me amas.
Tens meu amor. Meu amor.

Por: Marco Machado
- 11.09.10

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Escarro Mental: Eduardo Serique

Num honesto e-mail enviado a mim por um grande amigo: Eduardo Serique onde mandei-lhe o recém novo decreto DECRETO DE 26 DE AGOSTO DE 2010 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Dnn/Dnn12843.htm) que fala da exploração do potencial de energia hidráulica, denominado Usina Hidrelétrica Belo Monte, em trecho do Rio Xingu. Acredito que não ficará bravo por estar tornando-o público achei que em poucas palavras ele soube resumir idéias e ideais diversos numa espécie de escarro mental. Vale a pena parar pra pensar...
Aproveito a oportunidade para agora e sempre deixar-lhe um grande abraço.

Segue a cópia integral do e-mail:

"É, camarada. Parece que fica cada dia mais difícil barrar esses megaempreendimentos na Amazônia. Esse pessoal perdeu de vez a vergonha na cara. Denúncias parece que já não bastam. Vamos pensar no que fazer? Há muito que deixei de acreditar em algumas coisas. Nos acomodamos em velhos bordões e com isso deixamos de lado o que há de mais caro em nós: a capacidade de pensar. Não consigo admitir o capitalismo e não comungo com as bravatas do socialismo marxista. A estratégia dos grupos de oposição de hoje, me perdoem os amigos a sinceridade, são mais pra dizer que estão fazendo alguma coisa do que fazer alguma coisa. Têm a cartilha prontinha e acham, com isso, que não é mais necessário pensar (o próprio Marx decretou o fim da filosofia! pode?). Égua! isso não é estratégia nenhuma, nem luta nenhuma nem porra nenhuma. O nome disso é recorrência no erro; repetição. Kirkegaard (é assim que se escreve?) nem precisa ser lido pra que isso seja entendido.

Abraços a todos. Edu"

sábado, 19 de junho de 2010

Brincandodepoesiar

Poema de uma linha só


Amo uma menina
E com essa dou por concluído meu poema
Simples assim com
“Amo uma menina”

Pensa comigo
O que mais poderia eu dizer
Falar de flores, como os grandes poetas...
Fazer metáforas, como os bons escritores...
Usar recursos e recursos.
Não!

Meu poema é simples seco e direto.
E de receita fácil
Com meu verbo primeiro e principal: amor
E algo como um complemento, que lhe dê vida,
E Eu que simplesmente.
Amo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma pequena brincadeira em forma de presente! ou um presentebrincadeiraemformadepoema

Carta aos amigos (carta à Narel)


Nesta um presente a todos os meus amigos. Dar se da seguinte forma, troque seu nome pelo da personagem Narel. 
E pronto assim configurar-se-á a brincadeira.


Que o cansaço do dia não te roube a energia do carinhoso sorriso.


Que o medo do amanhã não te impeça de vislumbrar o futuro, e quem sabe até sonhar, sim sonhar sim, penso que se não tivermos sonhos como poderemos pensar em um mundo melhor?


Que nas horas mais difíceis você pense em pássaros. Em voar, em liberdade no sentido mais bonito que esta palavra pode trazer-lhe a mente.


Que nunca falte trabalho, pois trabalhar traz auto-estima. Paga nossas bebidas, nossas roupas, nossa independência. Traz-nos autonomia.


Que as pessoas quando te ouvirem, primeiro duvidem de você, e somente depois acatem, ou até mesmo discordem. Pois como seria chato se todos concordassem com tudo o que temos a dizer, como teríamos oportunidade de crescer? Crescer enquanto pessoas, enquanto pensadores que todos somos. Mas que você aprimore o dom da fala, da oratória, e que sempre seja bem entendida.


Que os filhos, se vierem, e acho que para você eles vêm sim, pelo menos dois: menina e menino. Tragam felicidade, alegria, dê razão de viver, lhe faça refletir sobre o amanhã.


Que o parceiro, este que está do seu lado, seja sempre mais amigo do que amante! Amante é até simples de conseguirmos, porém os amigos, aquele do peito, esses são mais delicados. Que ele saiba lhe respeitar e lhe ajudar nessa eterna caminhada.


Que o gozo seja sempre especial, nunca banal, nunca forçado, tão pouco, falso. Que seja verdadeiro seja a manutenção do relacionamento, mas também seja o ponto uno, quase sacro do viver.


Que seja uma velinha até um tanto chata, mas que seja adorada pelos netos. E que seus filhos sempre liguem, não somente nas datas comemorativas, mas nas quartas, quintas e terças do ano, somente para perguntar se estás bem.


Detesto me repetir, mas que você possa sonhar, brincar, sorrir, ter prazer, gozar, viajar, passear, ter filhos, ter trabalho, essas coisas gostosas da vida.


Mas principalmente, amiga Narel, que assim como te desejo tudo o que esse pequeno mundo, não melhor ainda, tudo o que esta curta vida tem pra lhe dar de bom. Também desejo que se magoe; que chore; que fique triste; que se frustre; que tenha um pouco de depressão; que vá ao psiquiatra esporadicamente; que brigue com alguém toda semana; e que alguém morra eventualmente; enfim que a vida siga o curso que tiver de seguir...


Digo-te isso, não para te chatear, querida Narel, mas o que seria da alegria sem a tristeza?
O que seria da saudade sem o sentimento de falta?
O que seria das realizações pessoais, aquele trabalho bem remunerado, o carro novo, sem o sentimento de magoa, sem o sentimento de frustração?
O que seria da vida sem a morte...


Penso que para qualquer pessoa só saberá o que é alegria se já teve alguma coisa de triste... lembro-me agora daqueles sábio ditado popular que diz “quanto maior a fome, mas gostosa a comida fica” algo assim. Experimentar do ruim ao bom, só assim conheceremos o bom do bom. Nada de dicionários e livros de auto-ajuda... Narel, tem coisa melhor do que viver? E desde os inícios dos tempos que essa é a maior busca da humanidade: ser feliz. Portanto, seja feliz.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

fianlmente escrivinhando (de presente à tati)

Dos versos descuidados
                                                      - à tati
Queria fazer um poema de uma pagina inteira
(desses que saem de uma vez só)
Falar de amor antigo, brincadeira de infância, da comida gostosa, dos amigos
(sempre aos amigos)
Igualmente bom seria escrever de minha solidão,
nunca eficaz.

Queria também, quem sabe, que meus poemas
fossem não só meus poemas, mas poemas de outros, que por sua vez de outros mais.
Que fossem estampa de bandeira social
Que marcasse uma geração, uma só já estaria bom.
Que uma banda qualquer de músicos quaisquer
lhes dessem três ou quatro acordes com leves alterações
que estes começassem sempre em tom menor,
quem sabe Si menor, triste e vagaroso e
terminasse em Ré maior, alegre e consistente.

Mas sempre me perco quando tento poesiar
Sempre me perco quando tento lembrar aqueles versos que,
sem querer, criava enquanto caminhava e não havia sequer uma caneta e papel
que os salvassem do esquecimento.
Aqueles sim ficam bons
Versos fragmentados de poemas jamais escritos,
perdidos no imaginário do cotidiano.

Ou pior,
Quando se escrevem excelentes versos
(em pedaço de papel rasgado)
Que unidos dariam vida a belo poema
que se perde
no bolso descuidado, da calça mal lavada,
daquele desajeitado, que escreveu com tanto carinho e
sabe que aquele, aquele mesmo poema, o poema de bolso,
nunca voltará.

Por: Marco Machado
27/05/2010 - Insubistituivel madrugada

terça-feira, 27 de abril de 2010

Soturna viajem



Eis que a morte do Homem-lobo
Fez da lua, lua triste
E a matilha ainda viva, faz do frenesi um banquete alucinado nas mais cheias avenidas.
E no insuportável silêncio da madrugada, um grito uivante de amor.
(O cheiro é de mirra).

E no sacro rito macabro dos pastores
Dizem não haver pecados tão pouco crimes neste mundo.
Um anão corcunda soluça mesmo sorrindo
Levitando descontrolado, sem saber o porquê.
O invisível cão negro gargalha no escuro

A criança febril ainda vomitando, diz ao soluçar
“tenho medo!”
De que tens medo?
“Medo dEle, do cão, do meu cão!”

A luz rubra que vem do fundo da lua
Anuncia a chegada do arauto da desgraça
No silêncio obsceno da noite
O silvo da espada de diamantes
E cheiro de sangue virgem na terra molhada.

E os homens inocentes dançavam no escuro
Ofegantes.
Homens e mulheres se confundiam. Coisa orgíaca.
Os que olhavam para o céu morriam.

O velho senil começa a contar historias futuras.
O jovem universitário queima todos os seus livros.
O policial torna-se corrupto e o ladrão é Robin Hood.

Da torre do relógio central a gárgula imortal vê e delicia-se com a humanidade.
O cheiro pútrido da água faz daqueles que se dizem lúcidos os mais insanamente loucos.

La do alto do prédio em chamas, o milionário ri descontroladamente.
Um ruído incomodo vindo do chão
Ele surgi como se da terra brotasse
Forte, vigoroso, horrorosamente belo.
A guerra está lançada.

A primeira luz de sol surge ao longe.
Os primeiros traços do pensar.
Sol na cara, despertador ruidoso começa a gritar.
As serpentes suburbanas a trançar as ruas, travessas e avenidas
Mais um amanhecer.
Mais um despertar.
Todos acordar.

Por: Marco Machado


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Título homônimo ao livro de Saramago. Inspirado


Homem duplicado


Quem sou o homem
que me vê do outro lado?
Quem sou o homem...
protagonista de mim mesmo

Quem sou o homem
                ... que me acorda de manhã
                ... que me pensa
                ... que me sabe
                ... que me sou
que homem sou?

Me olha logo cedo
come da minha comida
bebe do meu copo
pensa com minha cabeça
olha nos meus olhos

Me espelha no que faço
                me consola no que erro
                me absolve no que peco
                me condena no que julgo
                me teatra no que finjo
                ele goza do meu gozo

Sou eu o homem que olha do espelho
que me acordo de manhã
que me penso todo dia
que me sei sem saber
que sou... sendo um
sendo mil
espelhos
de mim mesmo

Por: Marco Machado

Tentando escrever... tentativa e erro



O expurgo da poesia
Notável como algumas coisas se dão. E somente agora olhando estes versos numa folha de papel escrita a lápis, pois ainda acredito ser um jeito “romântico” de escrever, nada de word, é que consigo encontrar finalmente um descanso ao travesseiro. Olho o relógio, este teima em me recriminar por já serem três horas da manhã, lembrando-me que logo mais tenho que estar no trabalho.

Eis o que acontece, amigo leitor, há alguns dias que estou com uma frase na cabeça que não toma forma, nem tem cor. Dessas que pensamos sem pensar e, comigo, é justo de noite, antes de dormir que elas vêm a mim, assim como vos digo, disforme mesmo, uma espécie de frase sem frase propriamente ser, quase um sintoma sem ter medico algum que explique, ou sequer qualifique.

Acendo a luz, os olhos doem. Pego na escrivaninha os papeis, lápis, canetas, sento-me olhando-os, contemplando-os quase como se eles fossem escrever sozinhos... Em trinta minutos, alguns rabiscos, desenhos disformes, nunca fui bom desenhista, que somam as duas outras folhas amassadas, maltratadas, cheias de Nada.

Aquela frase ainda não tomou forma, mesmo tendo andado todo alfabeto. Sinto como se um dedo fosse a pressionar-me a fronte. Fala comigo diz-me - Quero sair! - como quem diz quero nascer, eu daqui retruco – Não tenho aptidão para isso! – desculpando-me. Noto que estar brigando e desculpando a mim mesmo.

Acredite-me, confidente amigo, é, mas difícil do que parece. É mais do que algumas ordinárias palavras dispostas de maneira matemática. Alias a matemática é o que menos se conta nessas horas dedicadas a poesia. Tento lembrar-me das grandes obras, ou daqueles grandes nomes mas nada vem a mente. Sim, tenho sim alguns livros aqui perto, mas se que se alcançá-los, minha produção morrera de vez.

Tentativa e erro, talvez esse seja o segredo. Passa-me a cabeça certa entrevista que devo ter visto alguma vez, onde foi perguntado a um escultor, esses de formas humanas belíssimas, - Quando o senhor sabe que tem que parar? – ao que ele com um sorriso responde – Quando atinjo a pele - Dessas formas que só os grandes e excêntricos mestres respondem.

Pensando sobre isso me questiono sempre se a poesia que tento fazer já não esta pronta em algum lugar. Se não é ela que escreve e não, o óbvio contrario, eu a escrevê-la. Será ela ter vida própria? Ou será parte de mim que desconheço?

Desconhecendo, tenho a esperança de a poesia, esta minha poesia, viver em um mundo paralelo, tal mundo das idéias onde lá tenha uma idéia que se chame poesia. E é esta que todos tentamos buscar, dar cor, vida, forma, espírito. Bom mesmo é Poesiar.

Por: Marco Machado

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

2010. Momento Oportuno


Saudade de menina

Se toco... tremi
se beijo... gemi
se paro... clama
se perto... quente
se aperto... chamas...

A saudade da buceta da menina

Me agarra, faz-me cúmplice
me abraça, eu suado
me arranha, eu não penso
ao ouvido me sussurra
aos cabelos me puxa...

Me sobe em uma só dança
só ela que balança
seus lábios a morder
a cabeça a menear
nos cabelos... flores
sua voz... violino, tímpano

Em fera se transmuta
em pose ela urra
selvagem se torna
suas curvas transbordam
gemi, grita, urra...
puxo, bato, grito, Faço

Agora mansa e vagarosa
Lá vem ela poderosa
em pose devota me aborda
Faz-me seu
Em riste toca
com caricias me comporta
com tal gruta me lambuzo

O tempo para e
cego fico
surdo sou
cheiro não sinto
falar já não sei
o tempo já não há
compromisso esqueci
trabalho um lampejo
personifico o desejo

Será droga viciante
Toma o corpo,
Turva a mente
Mas veis, não é a toa
[Ah] que saudade da buceta da Menina

Primeira tentativa. Alguma noite mal dormida em 2009.


à saudade


Saudade. Que será?
Será o medo da ausência,
ainda que inverdadeira
Saudade será tal titã que só vemos em mitos gregos
que amaldiçoado, sofre de desejar e não poder possuir.

Saudade será gnomo travesso
incansável prega peças, peripécias
nos inadvertidos descuidados humanos.

Saudade... saudade
É doce. Também amarga.
As vezes triste. As vezes fraca.
Mas sempre sempre saudade.

Não há quem diga não sofrer da saudade
e não há que não sofrerá.

Só sei que saudade tenho cá.
Não sei se pouca ou se fraca
mas a minha sei é saudade.
Cuido cá, com cuidado. E ate gosto de saber que há saudade.

Que não se come
nem se vê.
Mas cá ta ela quietinha
As vezes revolta
noutras quentinha
Mas nunca esqueço
É saudade.